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Neste blog, comentando sobre as funções dos cataventos nas salinas, eu dizia que essas funções eram voltadas para a captação de água ou para bombeamento da água para produção do sal. E a visão poética falava do giro mágico de suas pás a nos inebriar.

E a poesia fluiu, com sua voz de maçarico: O barulho dos cataventos, qual próteses mecânicas de um gigante alado, rompia o silêncio das madrugadas quentes e úmidas, impregnado do cheiro de salitre. O vento que corria nas várzeas movia suas pás, assobiando sua melodia triste e, na contraluz das estrelas, o catavento parecia um fantasma esquisito, com cauda de um imenso pavão. E seu lamento triste e rouco ecoava nas gamboas e se entranhava nos manguezais, atrapalhando o namoro noturno dos caranguejos.

Esta semana tomamos conhecimento do resultado de uma pesquisa realizada na Universidade Malayasia Sarawak, que concluiu: o som emitido pelos mosquitos decorre do batimento de suas asas, e possui uma frequência específica tanto para os machos quanto para as fêmeas. Para a cópula, essas frequências podem ser alteradas e acertadas entre machos e fêmeas, para que entrem em uma sintonia.

Na pesquisa, a descoberta de que as antenas dos mosquitos funcionam como órgãos sensoriais que percebem vibração e são sensíveis a ondas sonoras. Com base nessa descoberta, os cientistas criaram dois ambientes: um com e outro sem música, e compararam as taxas de visitação, alimentação e reprodução dos mosquitos em cada um. A musica eleita para a pesquisa foi Scary Monsters and Nice Sprites, do produtor musical Skrillex, norte americano produtor de música eletrônica do gênero dubstepe trap. As fêmeas de Aedes expostas à música visitaram o ambiente mais tarde que o normal, em número menor de vezes, e também se alimentaram menos. Além disso, copularam menos do que os mosquitos no ambiente sem música. O enfrentamento moderno do controle da proliferação dos mosquitos transmissores de doenças.

Em Areia Branca, uma visão poética do atrapalhamento do namoro noturno dos caranguejos. Aqui, a poesia que flui das várzeas e invade a morada dos bichinhos do manguezal.

Na pesquisa, números frios indicam a mesma ocorrência, forçando o desencontro dos mosquitos. Aqui, o conhecimento científico vislumbrando o futuro controle do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, febre amarela e chikungunya.

EvaldOOliveira

Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN

maio 2024
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