Crônica de Francisco Rodrigues da Costa (Chico de Neco Carteiro), publicada no jornal Gazeta do Oeste, em 9/9/2010.
Acredito que toda criança, quer nascida ou não na cidade em que viveu, guarde na memória os seus becos, ruas e esquinas. Por mais importante que se torne quando adulta, suponho que não os esqueça. Fernando Pessoa, por exemplo, não lembraria os de sua Lisboa encantadora? De Salamanca, por Miguel de Unamuno idolatrada, ele os olvidaria? Qualquer um dos dois Alexandre Duma conheceria, certamente, os de sua romântica Paris.
E Castro Alves, o condoreiro abolicionista, de sua memória jamais se apagariam as esquinas da Bahia, onde tanta poesia cantou. Carlos Lacerda que, em cada esquina procurava um presidente para depor, na sua cachola tinha desenhados todos os becos e esquinas da Cidade Maravilhosa.
Deixemos os que já partiram desta vida. Vamos a São Paulo. Fico imaginando a Mogi das Cruzes, do meu amigo Mario Silveira. Mogiano até a medula, será que ele esqueceu a esquina da Cel. Souza Franco, ou a da Senador Dantas? Garanto que não, como viva na sua cuca está a esquina da Livroeton.
Vamos dar uma voltinha aqui mais perto da gente: Por Osair Vasconcelos boto até a mão no fogo, sem receio de chamuscá-la, como carrega no pensamento a esquina da Rua do “gango”, ou daquela rua que servia de marco para as duas turmas dos meninos guerreiros. Nenhum garoto, de um dos bandos, a atravessaria, sob pena de haver um tremendo quebra-pau. Isso acontecia na inesquecível Macaíba de Osair.
O diabo é quem discute com Paulo Balá. Este, além dos becos ruas e esquinas, tem vivo na lembrança um punhado de curral de Acari de sua meninice! Conhece tudo sobre a terra do ex-Cardeal dom Eugênio Sales.
E o que dizer de Manoel Onofre, “de camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”, em suas andanças, esqueceu os da sua Martins de clima agradável? Du-vi-d-o-dó.
E Aluízio Alves Filho? A memória lhe traiu a ponto de esquecer o estádio Juvenal Lamartine, na Hermes da Fonseca, ou o Café São Luiz, na Rio Branco? Não! Estas duas avenidas da cidade do Natal, que destoam do título deste texto, estão fixas no quengo de Aluízio; exemplo de pai e avô e um grande saudosista natalense.
Afinal, chego aos becos, ruas e esquinas de Areia Branca. E inicio pelo beco mais famoso, cuja popularidade ultrapassou os limites da cidade: o Beco da Galinha Morta. Também muito falado, foi o “Beco do Panema”, que deixou de existir quando o libertaram das cercas que o ladeavam. Um prêmio para o professor Wilson de Moisés, se souber o nome do beco onde dr. Vicente Gurgel Dutra tinha seu consultório dentário; também já não existe; desapareceu com a demolição daquele quarteirão que ia da esquina da Mossoró Comercial à esquina da oficina do “Ferreiro”, avô de Naldinho.
Outro beco, que nem nome tinha, iniciava na esquina do bar de Clodomiro, na Barão do Rio Branco, terminando na Travessa dos Calafates. [Como indica a placa, hoje o beco tem nome: Rua Padre Afonso Lopes. A foto é uma cortesia de A.F. Miranda. Nota do Editor]
E por falar em esquina, a da loja de Pedro Leite dando a frente para a Rua Cel. Fausto, e o oitão para a antiga Almino Afonso. A esquina do Conselheiro Brito Guerra, na Rua do Progresso com a antiga Getúlio Vargas; a esquina da loja de Pedrinho Rodrigues, na Rua Barão do Rio Branco com a Rua da Frente.
A esquina da casa de Caboclo Lúcio, de frente para esquina da casa de Manoel Bento, ambas na Rua Cel. Fausto.
A esquina do Sindicato dos Estivadores na Rua Almino Afonso com a Rua de Trás, que era Silva Jardim e hoje é Francisco Ferreira Souto. A esquina do antigo clube Democratas na Rua Cel. Liberalino com a Travessa dos Calafates. A esquina do Sindicato dos salineiros na Machado de Assis, com a Rua Joaquim Nogueira.
Muitos becos, ruas e esquinas não foram citados aqui, mas ficam guardados no cofre de minhas saudades para outra convocação.
31 comentários
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setembro 10, 2010 às 5:33 pm
LUIZ NEPOMUCENO
Numa verdadeira odisséia geográfica O Sr. Francisco Rodrigues nos leva de volta as ruas, esquinas e becos de nossa infância. Lembranças que, independente do adulto que se torne, jamais serão esquecidas, pelo contrario, são sempre lembradas. como faz o Ilustre Dr. Evaldo que, em suas andanças pelo mundo, encontra sempre algo que recorde a sua infância.
setembro 10, 2010 às 6:47 pm
Dodora
Francisco Rodrigues da Costa-Chico de Neco Carteiro, meu grande amigo.
Obrigada por esta maravilhosa cronica.
Nos , areia-branquenses temos muito que nos orgulhar de te-lo como conterraneo.
A sua contribuicao homenageando em todos os detalhes ,a nossa Salinesia, nao somente nesta cronica, mas tambem em todas as outras que ja escreveu e que escrevera.Isto sem citar os livros, “SAUDADES”, “FOLHAS DE OUTONO” e o proximo que sera lancado, nas proximas semana.
O seu incrivel talento, mixturado com o amor e saudade, por uma cidade que nunca esqueceu, tem nos dado a oportunidade de sentir dentro da alma, as nossas raizes crescendo novamente , brotando ,florecendo e decorando o nosso coracao , com emocao indescretivel, quando lemos o que voce escreve.
Sim e com esta emocao que escrevo este comentario.
Obrigada Chico.
Que Deus continue te dando esta inspiracao, e esta memoria admiravel
Bem, todo este pacote em a nos oferecido, por voce
setembro 10, 2010 às 7:46 pm
Evaldo Alves de Oliveira
Caríssimos Chico de Neco Carteiro e Carlos Alberto. Lí e reli esta crônica, e parei neste ponto: “A esquina da casa de Caboclo Lúcio, de frente para esquina da casa de Manoel Bento, ambas na Rua Cel. Fausto”. Só sairei daqui com uma crônica. Belíssimo texto. Mexeu com o coração da gente.
setembro 10, 2010 às 8:11 pm
Dodora
Luiz Nepomuceno, deixei um comentario para voce (desculpe chamar voce, mas tenho filhos da sua idade ou talvez ate mais velho), em Canones de Areia Branca, sobre como encontrar os livros que voce esta interessado.
Va ao site http://www.estantevirtual.com.br e encontrara varios dos livros escritos pelos nossos ilustre escritores areia-branquenses.
Um abraco a todos
setembro 10, 2010 às 8:57 pm
Carlos Alberto
Caro Evaldo, essa crônica está cheinha, cheinha com as nossas digitais. Quase chorei quando li “Outro beco, que nem nome tinha, iniciava na esquina do bar de Clodomiro, na Barão do Rio Branco, terminando na Travessa dos Calafates.” O quintal da nossa casa dava para aquele beco. Com muita frequencia, aos 5 anos de idade, eu saia de casa, passava na marcenaria de Zé Tavernard e ia até o bar de papai, comer uma papa!
setembro 10, 2010 às 11:54 pm
marta maria cirilo wanderley
Sr. Francisco Rodrigues, lendo sua crônica me chamou a atenção o seguinte:
“Um prêmio para o professor Wilson de Moisés, se souber o nome do beco onde dr. Vicente Gurgel Dutra tinha seu consultório dentário; também já não existe; desapareceu com a demolição daquele quarteirão que ia da esquina da Mossoró Comercial à esquina da oficina do “Ferreiro”, avô de Naldinho.”
Acredito que o Sr. está falando da Travessa Dr. Castro, cujo consultório dentário era de Dr. Braz Benedito de Mendonça (em memória).
O consultório de Dr. Vicente Dutra ficava na rua Coronel Fausto em frente a casa de Dr. Gentil Fernandes. Os fundos da minha casa ficava justamente para essa travessa. Esse quarteirão foi totalmente demolido, hoje é a praça da Companhia Docas de RN ( CODERN ). Quem pode confirmar esse comentário são os filhos de Dr. Vicente, Marcelo e Marconi que também são donos desse blog. Acredito que Carlos Alberto também pode confirmar se Eu estou certa ou não. Quanto aos becos ainda existe o beco da Galinha Morta e o beco da Liberdade que fica ao lado da Maternidade e o beco do Carago que não foi citado.
Parabéns pela crônica e continue falando sobre os becos, ruas e esquinas de nossa Areia Branca.
Abraços.
setembro 11, 2010 às 12:51 am
Carlos Alberto
Como é que eu não ia me lembrar, Marta? Aquele beco, que começava na rua dr. Almino, terminava bem em frente à minha casa, na popular rua das almas. Essa era a realidade depois de 1960, quando saí da Silva Jardim e fui morar ali, ao lado da casa de João Rodrigues, pai de Altair e Rodrigues. O consultório era mesmo do dr. Braz Benedito, e a oficina era de Reinério, tio de Naldinho. Sobre Reinério e seus filhos, Wellington e Wilton, veja https://areiabranca.wordpress.com/2010/01/28/passe-a-bola/, https://areiabranca.wordpress.com/2010/01/27/wilton-wellington-esta-ai/ e https://areiabranca.wordpress.com/2010/01/26/wellington-e-wilton-filhos-de-reinerio-e-o-barco-que-nao-navegou/.
setembro 11, 2010 às 2:18 am
Dodora
Prezada Marta.
Como e bom saber que ainda tem pessoas como voce, que mora em Areia Branca, le o blog e faz comentarios.
Para nos que ja nao mais moramos a tantos anos nesta querida cidade, as vezes se torna dificil, reconhecer, certas ruas ,becos e esquinas com os novos nomes.
Eu por exemplo, ja nao conheco.So me refiro Rua Silva Jardim, Rua do Meio, Rua da Frente e Rua de traz.
Feixo os olhos e vejo a cidade , como era , e nao como e atualmente.
Nomes eu nao os sei.
Para reconhecer um lugar, tenho que localizar as casas e as pessoas que ali moravam.
Espero que quando va a Areia Branca , tenha o prazer de conhece-la
Um abraco.
Dodora
setembro 11, 2010 às 5:45 am
Marconi Dutra
Que belo texto…Trouxe de volta algumas boas lembranças da minha infância. Apenas uma observação. Salvo engano, o consultório do Dr Vicente (meu pai) ficava na Rua do Meio, ao lado do Cine Miramar. Ali no citado beco, que já não existe mais, ficava o consultório do Dr. Bráz Brenedito.
setembro 11, 2010 às 1:49 pm
LUIZ NEPOMUCENO
Caro Carlos Alberto, o beco que começa na esquina da Barão do Rio Branco, termina na Rua Rui Barbosa, que fica do lado do terreno da Norsal (antigamente terreno dos Filgueiras), não é um beco sem nome e sim, a Rua João Pessoa, inclusive, já na década de 70, existiam muitas casas nos quarteirões entre as ruas Rui Barbosa, Xavier Fernandes e Travessa dos Calafates. Veja na seqüência as transversais a Rua João Pessoa, saído da esquina da Barão do Rio Branco: Rua Joaquim Nogueira, Travessa dos Calafates, Rua Xavier Fernandes e final na Rua Rui Barbosa,
Abraço
setembro 11, 2010 às 2:06 pm
Carlos Alberto
Caro Luiz, observe que eu apenas coloquei o texto no ar. Trata-se de uma crônica de nosso conterrâneo Chico de Neco Carteiro, hoje residente em Mossoró. Estou um pouco confuso com essa sequência de ruas. Será que estamos falando do mesmo beco. Este que Chico de Neco Carteiro se refere, além do bar do meu pai, na esquina, tinha o café de “Seu” Alfredo priquito e a marcenaria de Zé Tavernard. Todos próximos da Barão do Rio Branco. No restante do beco só tinha os quintais das casas da Cel Liberalino e da Silva Jardim. Claro, minha lembrança desse beco é de antes dos anos 1970, sobretudo dos anos 1950 e início dos anos 1960.
setembro 11, 2010 às 2:24 pm
Dodora
Concordo com Carlos Alberto.
Talvez o Chico estava falando de outro beco.
Chico viveu em Areia Branca entre os anos de 1933 a 1954 .
Neste tempo a maioria dos becos tinham , nome diferentes dos atuais, e muitos ja nao existem mais.
Eu mesma para dizer a verdade , nao sei o nome so beco que ficava atras da nossa casa na Silva Jardim.
Entao o que faco, e somente me deliciar, com estas cronicas maravilhosas , e agradecer a Deus que ainda tem pessoas como o Chico, e outros nobres escritores de Areia Branca, que nos presenteiam com as suas recordacoes .
Um abraco.
setembro 11, 2010 às 2:26 pm
LUIZ NEPOMUCENO
Perfeito Carlos Alberto, estamos falando do mesmo beco, e verdade que
na sua grande maioria, era de fato constituido por quintais, mas mesmo assim já era a rua João Pessoa. Pelo menos até 1979.
setembro 11, 2010 às 3:01 pm
LUIZ NEPOMUCENO
Quanto à seqüência, tendo como início a Barão do Rio Branco, Joaquim Nogueira (onde ficava o Sindicato dos conferentes – hoje Câmara Municipal), Travessa dos Calafates ( começa no buraco do tatu, entrada da cidade e termina no mercado do peixe, Rua Xavier Fernandes (vai da rua Floriano Peixoto até a rua da frente), e Rui Barbosa, que fica do lado do terreno da Norsal (antigamente terreno dos Filgueiras).
setembro 11, 2010 às 4:01 pm
Carlos Alberto
Em termos de precisão nos nomes e nas sequências das ruas, um bom competidor seu é a nossa memória ambulante, Miranda. Mas, infelizmente ele anda meio preguiçoso. Nunca mais deu seus pitacos. Na esquina da Joaquim Nogueira com o beco de Alfredo Priquito, que você afirma ser a rua João Pessoa, e eu não ouso discordar, foi uma das residências de Miranda. Na casa ao lado morava Toinho do Foto, com sua esposa Geraldinha, irmã da minha mãe. Atrás dessas casas, com frente para a Cel. Liberalino e fundos para a João Pessoa, ficava a casa de um dos Quixabeira, acho que “Seu” Antônio, tio de Wilson de João Quixabeira.
Lembranças geográficas e genealógicas, um dos serviços desse blogue.
setembro 11, 2010 às 5:48 pm
Jandira e Manoel Avelino « Era uma vez em Areia Branca
[…] e único empreendimento do meu pai foi aquele bar mencionado na crônica de Chico de Neco Carteiro (https://areiabranca.wordpress.com/2010/09/10/becos-ruas-e-esquinas/). A história daquele bar é tão trágica em nossa família, que jamais falamos sobre ele. Não […]
setembro 11, 2010 às 11:19 pm
Marcelo Dutra
Que texto lindo!!!
Chico de Neco Carteiro demonstrou não somente seu profundo conhecimento da cidade como também um raro talento na arte de escrever. Fico feliz com a citação do meu pai, Dr. Vicente, mas a bem da verdade gostaria de ratificar que o consultorio ficava mesmo na rua do Meio, vizinho ao Cine Miramar. Mesmo assim não deixa de ser pertinente, uma vez que os fundos do consultorio/casa davam para o beco da Galinha Morta, outro lugar pitoresco e inesquecivel de Areia Branca.
setembro 12, 2010 às 9:50 am
Antonio Fernando Miranda.
Carlos Alberto, se não fosse o pedido de Dodora, eu ainda iria aguentar por uns 10 dias esta tua cutucada rsrs, antes de retornar ao blog. Sobre a cronica do Chico só tenho a dizer que é mais uma colaboração deste grande escritor para reviver coisas de nossa cidade. Quanto aos becos, existe apenas um fato a esclarecer: o beco do café de Clodomiro, do outro lado Alfredo Priquito, depois os fundos da padaria de Lauro Rodrigues, oficina de Zé Tavernard etc., que até quando saí de Areia Branca (1964), era conhecido por um desses nomes. Não posso discordar do Luiz Neponuceno, pois só agora fiquei sabendo que o mesmo se chamava João Pessoa, porque agora, alias desde janeiro de 2008, chama-se rua Padre Afonso Lopes, quando tomei uma foto da mesma, que enviarei por e-mail ao Carlos Alberto, já que não sei como posta-la aqui. Quanto a oficina de ferreiro citada pelo Carlos Alberto, a mesma era de Manoel ferreiro, e nela trabalhavam alem dele, os filhos Reinerio e Geraldo, pois Servulo e Arnaldo Araujo eram comerciantes bem sucedidos, e João e José Araujo, na época eram menores. Breve farei outros comentario em outros artigos do blog. Um abraço a todos.
setembro 12, 2010 às 11:05 am
Carlos Alberto
Em função do intenso e gostoso debate que se travou por causa do “beco de Alfredo priquito”, o nome que eu conhecia na minha infância, Miranda enviou uma foto recente com o nome atual do beco. Achei interessante colocar na crônica. Espero que Chico de Neco Carteiro goste da ideia.
setembro 12, 2010 às 3:16 pm
LUIZ NEPOMUCENO
Querido Carlos Alberto, peço desculpas pelo lapso, pois mesmo lembrando a localização, troquei os nomes das ruas na realidade a Rua João Pessoa e a rua (beco) que fica entre as ruas Francisco Ferreira Souto (antiga Silva Jardim) e Mestre Silvério Barreto (antiga 30 de Setembro). Obrigado Miranda, pelo brilhante esclarecimento,.
setembro 13, 2010 às 4:12 pm
JoséTupinambádeMacedo
Lendo este texto sobre Areia Branca, veio-me a lembrança do meu tempo de criança em
1934/35, quando tinha sete anos de idade e meu pai Antônio Corcino de Macedo era administrador das dunas, na praia de Upanema, onde residíamos na casa do farol. Hoje aos 83 anos, ainda sinto muitas saudades daquela época.
Casualmente deparei-me com esse blog e de hoje em diante procurarei visitá-lo sempre.
Parabéns !
setembro 13, 2010 às 4:34 pm
Carlos Alberto
Caro senhor: Ficamos sensibilizados com a sua manifestação. Não há nada mais reconfortante do que um sincero reconhecimento como este. Volte sempre, estamos de braços abertos para um abraço, nem que seja virtual.
setembro 13, 2010 às 11:21 pm
Dodora
Senhor Jose Tupinamba, que prazer , encontrar uma pessoa que deve ter tanta coisa para contar sobre Areia Branca.
Continue visitando e dando a sua impressao,
Um abraco
setembro 14, 2010 às 2:16 pm
Francisco (Chico)
Sr. José Tupinambá – boa tarde. Sinta-se à vontade em visitar este blog. Seria interessante para este blog ter uma pessoa como o senhor aqui, que detém ainda na memória fatos, lugares, pessoas e situações ocorridos durante sua infância em Areia Branca. Parabéns pelos seus 83 anos de vida. Deus foi muito generoso com sua pessoa, lhe concedendo a longevidade, como também a lucidez. O meu muito obrigado.
novembro 7, 2010 às 3:33 pm
Francisco Rodrigues da Costa
Amigo Carlos Alberto:
Fiquei feliz com os comentários sobre o beco em que desafio (simples brincadeira) com o prof. Wilson, filho do meu saudoso amigo Moisés, das pessoas mais alegres de nossa querida Areia Branca do meu tempo de menino.
Vamos lá: Marcelo Dutra vc tem razão. Seu pai, dr. Vicente Dutra, a quem sempre visito quando vou a Fortaleza, teve consultório na Rua do Meio, vizinha pelo lado direito ao Sr. Antônio Calazans e pelo direito, tempo depois, onde foi o cine Miramar. Foi ali, que o seu pai fez uma incrustação a ouro num dos meus incisos, (era a moda de então). Mas antes ele teve consultório no beco que os meninos do meu tempo chamávamos de BECO DA MOSSORÓ COMERCIAL. Esse era o nome. Não havia placa identificadora foi um batismo, acho, dos que por ali passavam. E era formado pela esque própria firma mossoroense com a esquina do Sr. Sandoval, do mestre da lancha Natal da CCN. Nela moraria depois a professora Geralda Cruz, filha de mestre Assis, e que casou-se com João Duarte. Fazia esquina com a oficina de seu Manoel ferreiro, já na Rua das Almas, ou Rua do Cemitério, mas de nome oficial Rua Raimundo Fernades.
Antônio Miranda, a quem reputo um dos maiores conhecedores das coisas de Areia Branca do meu tempo de criança, e com quem marquei um encontro para o dia 15 de agosto passado em Areia Branca, infelizmente não deu certo, por mais que eu o procurasse. Perdi de rever o amigo e, mais, de aprender com ele muitas coisas de 1954 para cá. Mas tenho fé que isso, brevemente, venha a acontecer.
novembro 7, 2010 às 6:25 pm
Carlos Alberto
Caro amigo:
Nos primeiros comentários, entre equívocos nossos e de outros, salvos pela tua boa memória e a de Miranda, alguns acertos ficaram acertados. Por exemplo, naquele beco da Mossoró Comercial eu conheci o consultório de dr. Brás Benedito. O que eu não sabia é que antes o dr. Vicente tinha tido consultório ali também. Teria sido no mesmo local ambos os consultórios? Aquele beco me era muito caro, pois a casa dos meus pais, a casa da minha adolescência ficava na rua das almas, bem em frente ao beco, ao lado da casa de João Rodrigues e dona Chiquinha. A propósito, acho que Evaldo andou trocando o nome de João Rodrigues em comentário anterior aqui no blogue. Quando eu fui morar ali a oficina já era de Reinério, filho de Manoel Ferreiro e mestre do calibre do pai. Reinério era pai do meu amigo do peito, o saudoso Wellington, de Wilton, menino uns dois anos mais novo, mas que nos enchia a paciência. Brincadeira, Wilton você era um menino legal, quando não estava nos incomodando.
novembro 7, 2010 às 11:19 pm
Francisco Rodrgues da Costa
Grande Carlos Alberto: Vamos ver se, com este comentário, a coisa se esclarece mais ou menos. Saí de Areia Branca em 1954. Antes do Dr. Vicente, no referido beco, era o consultório do Dr. Benedito Pereira de Souza, genro de seu Francisco Solon Sobrinho, irmão de José Solon. Dr. Benedito, antes de estabelecer em nossa cidade clinicava em Mossoró. Grande jogador de futebol, driblava muito, jogava no Atlético desta cidade e tinha o apelido de Bené (dr. Bené). Jogou muitas vezes em AB, contra o Madureira. Depois dele, como já disse, foi a vez de Dr. Vicente Gurgel Dutra. Quando casou-se, floi morar na Rua do Meio, co mo todos sabem. Acredito, não me lembro, que o Dr. Braz Benedito tenha sido o terceiro inquilino ali. Quanto ao nome, a gente, meninos, chamava de Beco da Mossoró Comercial. Agora, o comentário de Marta Cirilo me deixa com uma pulga atrás da orelha. Travessa dr. Castro, referida por ela, nunca ouvi falar. Nem me lembro de alguma placa identificando-a. Nós, meninos de então. gostávamos de jogar pedra nas placas de rua, não nas do centro da cidade, mas nesses becos sem muito trânsito. Não me lembro de ter jogado nenhuma pedra na placa da Travessa Dr. Castro. Será que ela a placa, não foi posta depois que Dr. Braz Benedito de Mendonça se estab eleceu lá? Fica a dúvida. Dr. Braz, casou-se com Maristela, parece irmã de Toinho do foto, e foi candidato a vice-prefeito, companheiro de chapa do Dr, Manoel Avelino, cujos adversários foram Braz Pereira de Araújo e Manoel Leandro Sobrinho (derrotados). O pleito foi realizado no dia 7 de dezembro de 1952. Finalizando, parabenizo a Marta pela informação. Então o prêmio é para ela e não para Wilson.
janeiro 3, 2011 às 11:59 pm
Da praça da Matriz à rua das almas, pela rua do meio « Era uma vez em Areia Branca
[…] toldo à esquerda era do bar de Clodomiro, meu pai, na esquina do Beco de Alfredo Priquito, atual Rua Padre Afonso Lopes. O primeiro prédio à esquerda é onde funcionou, nos anos 60, a sinuca de Chico Amaro. O segundo […]
fevereiro 27, 2011 às 4:07 am
Francisco Rodrigues da Costa
Carlos Alberto: Caso você tenha uma viagem marcada para rever nossa Areia Branca, eu me sentiria premiado se fosse avisado. Teria imenso prazer de conhecer o filho do querido e saudoso Clodomiro. Chico
fevereiro 27, 2011 às 10:08 am
Carlos Alberto
Caro Chico, não fique você pensando ser o único a ter prazer nesse encontro. Referências ao seu nome, da boca do meu pai ouvi muitas vezes, mas ainda adolescente ouvi tia também Nair dizer que tinha aprendido código Morse contigo, para depois se transformar em telegrafista dos correios. Então, como me sentirei nesse encontro? Grande abraço.
outubro 10, 2014 às 12:38 pm
JUIOR DI GUERREIRO
Gostaria de saber se Manoel Avelino é realmente filho de Areia Branca e quem eram os seus pais..